Após os testes realizados em 2019, chega-se à conclusão de que com o método das três perfurações é obtida uma produção de resina que não difere significativamente da obtida com os métodos tradicionais e poderia, portanto, ser uma opção de predição precisa da capacidade produtiva.

O Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia Agrária e Alimentar (INIA) concluiu a elaboração deste Guia que servirá para realizar  uma avaliação precoce da produção de resina em Pinus Pinaster. Esta ação é levada a cabo no âmbito do projeto Interreg Sudoe SustForest Plus.

Dada a correlação existente entre as produções obtidas com o tratamento com perfuração, parece ser um método aplicável para a avaliação precoce de resina. De um ponto de vista prático, é mais interessante utilizar a perfuração radial para uma avaliação precoce, devido à sua maior simplicidade de execução.

Resinagem por perfuração

A resinagem por perfuração tem uma série de vantagens em relação aos métodos tradicionais, como:

• As substâncias voláteis valiosas para a indústria não evaporam, pelo que a qualidade da gema obtida aumenta, e com ela, seria de esperar que o seu preço aumentasse.
• A produção da árvore não é influenciada pela perícia do resineiro.
• O número de impurezas é drasticamente reduzido, reduzindo a necessidade de filtragens na fábrica e tornando o processamento da resina mais barato.
• O número de revisões da árvore pode ser reduzido ou limitado à monitorização do nível de resina nos sacos. Isso pode aumentar o rendimento do resineiro, o que poderia aumentar o número de árvores no seu povoamento.

A resina obtida por métodos de perfuração radial resultou ser a variável dasométrica que melhor explica a variabilidade da resina obtida por métodos tradicionais. Dada a correlação existente entre produção por perfuração radial e tangencial e a facilidade de execução da perfuração radial, é interessante utilizar este último método de execução como método de seleção precoce da resina.