O setor exige que se promova a inovação para aumentar os rendimentos da resinagem, melhorar a profissionalização dos produtores de resina e compatibilizar outros usos da floresta.

Na casa da cultura de Gata, a Associação para o Desenvolvimento Integral da Serra de Gata (ADISGATA) juntamente com produtores de resina da região, representantes de proprietários florestais, indústria, tecnologia e centros de pesquisa, universidade e vizinhos reuniram-se no passado dia 19 de julho naquele município, onde a resinagem ressurge como uma esperança para dar vida às aldeias da região e revitalizar as florestas de pinheiros deste maravilhoso enclave natural da Serra de Gata cacereña, com o objetivo de aumentar o rendimento da atividade resinosa, atendendo ao uso multifuncional da montanha.

Hoje, a atividade de extração de resina, quase extinta em nosso país desde o final da década de 80, parece renascer após um período prolongado de crise, e o faz no tempo das novas tecnologias, mas ancorada em métodos e técnicas tradicionais de exploração. Os novos fabricantes de resina usam as mesmas ferramentas que os seus antepassados nos anos 60. A cessação da produção, por sua vez, significou uma paragem no processo de modernização da indústria das resinas.

As três linhas básicas do futuro projeto ResiMec foram apresentadas ao grande grupo de participantes. Melhorias técnicas serão implementadas em áreas-chave: Mecanização, protocolos de manejo florestal e sistema de tomada de decisão.

O debate destacou a real necessidade de atualizar os métodos utilizados pelos trabalhadores e valorizar os recursos naturais e endógenos de nossas florestas para gerar riqueza no território, demandas de produtores de resina e proprietários florestais públicos e privados coletados no GO ResiMec, cujo objetivo é trazer inovação para a mecanização da extração de resina natural de protótipos em estudo (pica mecanizada) e métodos existentes (como o furo ou broca basal de origem americana) com aplicação de estimulantes isentos de ácido sulfúrico e coleta em recipiente fechado para evitar a entrada de impurezas. Amostras da máquina em desenvolvimento foram mostradas e vídeos de seu uso no arbusto foram projetados durante a manhã.

Também foi explicado que, paralelamente, serão feitos trabalhos sobre a integração da produção de resina com outros usos florestais, especialmente madeira, aplicando novas técnicas silviculturais multiuso e sobre o desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão que facilite o manejo florestal de proprietários e gestores florestais; como e quando integrar a extração de resina em suas florestas.

A nova ferramenta (facilidade de uso e peso mínimo), a compatibilidade com outros usos e usos da floresta e a transferência de conhecimento e assessoria qualificada em manejo florestal resultarão na otimização da produção de resinas e no desempenho das massas de pinheiro bravo, o que juntamente com uma melhoria nas condições de trabalho dos resineiros fará deste sistema tradicional uma atividade moderna e eficiente, com grandes benefícios contra o despovoamento e o abandono rural.

As entidades que fazem parte deste grupo operativo, como parceiros beneficiários, são o Cesefor, Centro de Investigación, Desarrollo y Experimentación, s.l. (CIDEX); Sociedad de Resinas Naturales, S.L.; Confederación de Organizaciones de Selvicultores de España (COSE); Federación de Asociaciones Forestales de Castilla y León (FAFCYLE); Asociación para el Desarrollo Integral de Sierra de Gata (ADISGATA) e Centro de Investigación Forestal del Lourizán.

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